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Mas afinal, o que é empreendedorismo?


Empreendedores conversando
Imagem: freepik.com
Houve um tempo em que a palavra “empreendedorismo” não fazia parte oficial da língua portuguesa. No entanto, há empreendedores por aí há séculos, contribuindo com mudanças importantes na humanidade.

Hoje, o termo é cada vez mais utilizado para definir pessoas capazes de identificar problemas, oportunidades e encontrar soluções inovadoras.

Isso não significa que um empreendedor seja, necessariamente, um empresário e vice-versa. Neste texto, você vai finalmente entender o que é empreendedorismo e descobrir algumas qualidades comuns aos empreendedores de sucesso.

O que é empreendedorismo?

Empreendedorismo é a capacidade que uma pessoa tem de identificar problemas e oportunidades, desenvolver soluções e investir recursos na criação de algo positivo para a sociedade.


Pode ser um negócio, um projeto ou mesmo um movimento que gere mudanças reais e impacto no cotidiano das pessoas.


Segundo o teórico Joseph Schumpeter, empreendedorismo está diretamente associado à inovação. Para Schumpeter, o empreendedor é o responsável pela realização de novas combinações.


A introdução de um novo bem, a criação de um método de produção ou comercialização e até a abertura de novos mercados, são algumas atividades comuns do empreendedorismo.


Isso significa que “a essência do empreendedorismo está na percepção e no aproveitamento das novas oportunidades no âmbito dos negócios”.


O Brasil apresenta grande potencial para o empreendedorismo. De acordo com a Global Entrepreneurship Monitor (GEM), a taxa de Empreendedorismo é de 38,7 (2019), segundo melhor patamar total de empreendedores, desde 2002. São mais de 53,4 milhões de brasileiros se dedicando ao negócio próprio.


A pesquisa também mostra que em 2019, o país atingiu 23,3% de taxa de empreendedorismo inicial, quando uma empresa possui menos de 3,5 anos de existência, a maior já alcançada.


Os resultados fizeram com que o Brasil chegasse à marca de quarta maior Taxa de Empreendedorismo Inicial em 2019. O estudo foi realizado com 55 países – na ocasião, a marca foi superior às registradas nos países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

O que é ser empreendedor?

Agora que você já sabe o que é empreendedorismo, precisa saber o que significa ser um verdadeiro empreendedor. Alguns entendem como empreendedor quem começa algo novo, que enxerga oportunidades que ninguém viu até o momento.


Em outras palavras, é aquela pessoa que faz, sai da zona de conforto e da área de sonhos e parte para a ação.

Portanto, um empreendedor é um realizador que coloca em prática novas ideias, por meio de criatividade. Isso muitas vezes significa mudar tudo o que já existe.


Já viu aquelas pessoas que conseguem transformar crises em oportunidades e que influenciam os outros com suas ideias? Provavelmente são bons empreendedores.


Aproveitar as oportunidades do mercado e transformar crises em oportunidade é uma característica do brasileiro.

Dados do Relatório de Empreendedorismo no Brasil de 2019 mostram que houve um aumento no número de pessoas que empreendem por oportunidade.


O relatório aponta que 26,2% resolveram abrir um negócio para “ganhar a vida porque os empregos são escassos”, enquanto 1,6% tomou a decisão para “fazer a diferença no mundo”.


Para especialistas, o efeito da crise, os dados do GEM apontam que, dos 55 países analisados, o Brasil está entre os dez primeiros onde a falta de emprego é mais levada em conta para abrir um negócio.


O ano de 2020 foi marcado por mudanças. Segundo dados disponibilizados pela pesquisa Global Entrepreneurship Monitor, GEM, realizada em conjunto com o Sebrae, a taxa de empreendedorismo no país bateu recorde, com maior número de novos autônomos nos últimos 20 anos.


Uma das mudanças positivas foi o uso da tecnologia. Com a pandemia e a necessidade de distanciamento social e a necessidade de se reinventar, o empreendedor precisou contar com o apoio da internet para manter seu negócio.

Segundo dados da Anatel, Agência Nacional de Telecomunicações, houve aumento de 50% no uso da internet durante a pandemia.


O número de microempreendedores individuais também foi registrado com um aumento. No total, foram 1,49 milhão de novas formalizações entre março e dezembro de 2020.


Somado às mais de 7,5 milhões de micro e pequenas empresas, esse setor representa 99% dos negócios e 30% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) do país.


Características de um empreendedor

Ninguém nasce empreendedor. É o contato social e estudos que favorecem o desenvolvimento de talentos e características na personalidade que podem ser fortalecidos ao longo da vida.


Todos os contatos e referências irão influenciar diretamente no nível de empreendedorismo de uma pessoa, já que um empreendedor é um ser social.


Abaixo, elencamos algumas peculiaridades encontradas nos diversos perfis de empreendedores:

  • Otimismo: não confunda otimista com sonhador. O otimista sempre espera o melhor e acredita que tudo vai dar certo no final, mas faz de tudo para chegar aos seus objetivos. Isso inclui, claro, mudanças em seu negócio. Já o sonhador não enxerga riscos e, mesmo que seu negócio esteja falindo, continua fazendo a mesma coisa por acreditar cegamente que basta sonhar para realizar.

  • Autoconfiança: acreditar em si mesmo é fundamental para valorizar seus próprios talentos e defender suas opiniões. Assim, esse tipo de empreendedor costuma arriscar mais.

  • Coragem: sem temer fracasso e rejeição, um empreendedor faz tudo o que for necessário para ser bem sucedido. Essa característica não impede que sejam cautelosos e precavidos contra o risco, mas os faz entender a possibilidade de falhar.

  • Persistência e resiliência: motivado, convicto e entusiasmado, um bom empreendedor pode resistir a todos os obstáculos até que as coisas finalmente entrem nos eixos. Ele não desiste facilmente, supera desafios e segue até o fim, sempre perseverante.

Quem reúne essas características já está em vantagem quando o assunto é empreendedorismo, mas isso não é suficiente.


Para ter sucesso como empreendedor, em alguma atividade é fundamental ter um bom projeto, investir no planejamento e no plano de negócios.


A seguir, listamos algumas dicas que podem ajudar quem quer empreender.

4 dicas para quem quer investir no empreendedorismo


Carlos Wizard Martins começou do zero e se tornou um dos principais empresários do Brasil.


O empreendedor fundou o Grupo Multi Holding, detentor do Mundo Verde líder da América Latina no segmento de produtos Naturais, Orgânicos e Bem-Estar, do serviço de pagamento online Akatus e do Vale Presente.


Em matéria para o portal da revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios, Wizard lista suas dicas para quem quer empreender:

Definição de atividade

Em qual segmento você quer atuar, tem afinidade ou entende um pouco sobre o mercado?


A primeira dica do empresário é analisar as necessidades do consumidor e entender o que pode ser uma boa oportunidade.


Evite investir em um tipo de negócio só porque está na moda, a tendência pode acabar e você terá que arcar com os custos do investimento.

Diferenciação

Ofereça uma diferenciação. O cliente precisa ter uma motivação para escolher o seu negócio e não o do concorrente.


Quando comecei a dar aulas, foquei na necessidade do aluno aprender a falar o inglês rapidamente. Foi por isso que lancei a chamada “Fale Inglês em 24 Horas”. Essa chamada simples, mas poderosa, foi o diferencial necessário para atrair milhares de alunos, conta o empreendedor.

Escalar

Depois de definir a atividade empresarial do negócio, identifique quais ações podem ser tomadas para atender o mercado em larga escala.


Quanto maior o potencial de escalabilidade da empresa, maiores serão suas chances de crescer, receber investimento etc.

Converse com especialistas

Esteja por dentro dos eventos e atividades do seu segmento. Participe de feiras, workshops, palestras, busque os especialistas do setor e converse com eles.


Ter a visão de outros profissionais vai te ajudar em diferentes aspectos, principalmente daqueles que estão há mais tempo no mercado.

Por: Anna Nicoletti

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